Doce Despedida
Confesso que me custam estas
horas em que sei que não serás mais que uma recordação.
No entanto, hoje, enquanto bebo curtos tragos do whiskey, intercalados com o fumo dos cigarros, a memória que, por agora, passa em frente aos meus olhos é apenas a desta manhã, antes de regressares a tua casa e à tua vida “oficial”.
Entraste ansiosa, à procura dos meus lábios. Entre risos e as nossas línguas, a nossa ansiedade e saudade mandava em tudo! A minha gravata voou, bem como os botões da minha camisa... a tua fome da minha pele era maior que alguma vez tinha sido e isso deixava-me ao rubro. O teu casaco, e logo a seguir a tua camisa, conheceram o mesmo destino e uma surpresa me aguardava: o teu peito insinuava-se sem um soutien. Apertei os teus mamilos com os meus dentes e deixaste fugir um suspiro profundo mesclado com um gemido de tesão.
Quando te peguei ao colo e te encostei à parede, já pouco faltava despir. Falo por mim, porque a tua saia ascendeu, deixando as tuas pernas a envolver-me com uma força indescritível. Calças fora e rodopiamos até te deitar na mesa da cozinha... A minha boca matou o desejo de cada um dos centímetros da tua pele, desde as mamas, até à barriga, até ao que me aguardava, húmido, entre as tuas pernas.
Dali até me manteres a trabalhar
com a minha língua foi um passo – bem curto! Não precisava de te olhar nos
olhos para saber o quanto te contorcias ao ritmo dos teus gemidos. Mantive o
meu foco no exato local onde me mantinha um bom bocado, deixando que o teu
primeiro orgasmo chegasse tão rapidamente quanto a intensidade do teu prazer se
fazia ouvir pela casa fora... limitei-me a sorrir, a beijar-te as coxas até, ao
de leve, te tocar nos joelhos e levantar a minha cabeça e te ver ofegante e
ansiosa por mais.
Mas, a cada pedaço de ti que buscava com os meus dedos, subia toda a minha vontade de te possuir com ainda maior fervor. Quando te penetrei, deixei que o mais profundo dos meus suspiros se fizesse ouvir a ressoar dentro daquelas quatro paredes... Comecei a dar-te estocadas sucessivamente com maior velocidade, mais fundo. Gemias, viravas a cabeça para um lado e para o outro. As tuas mamas vibravam, até mesmo quando as envolvi com as minhas mãos! Sentia que a minha explosão não ia tardar mas não era assim que eu queria vir.
Virei-te de costas para mim, e
soltaste um riso cúmplice e carregado de mais tesão. Quando entrei dentro de ti
novamente, ambos sabíamos o quão breve estava o meu orgasmo! Os nossos gemidos
intensificaram ainda mais o nosso prazer até que, à medida que subia a velocidade,
aumentava também a profundidade das minhas investidas... Abracei-te por trás no
preciso momento que te ensopei com o meu prazer e ali ficámos, comigo a
envolver-te num abraço que nada tinha de amor, tudo tinha de desejo.
Quando fechaste a porta atrás de
ti, eu soube que fechavas também a porta àquilo que temos (aliás, tínhamos). É
melhor assim.
A mim não restam quaisquer
dúvidas disso. Saborear este whiskey com o que resta do teu sabor é a última
das recordações que me permitirei guardar de ti e da nossa espécie de história.
Podes ter sido a melhor foda que
conheci, mas mais que isso nunca serás.
=FIM=
By Mr. Jack Jones
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