sábado, 20 de julho de 2019

Realidade ou ficção

Eu estava despida e sentada num chão frio e imaculadamente branco quando acordei. As costas apoiavam-se numa parede de vidro frio. Olhei em volta e reparei que estava presa num género de tubo de vidro com pouco mais de metro e meio de diâmetro. Assustada e sem perceber onde estava levantei-me e comecei a bater no vidro. Gritei e pedi por socorro. Havia uma luz forte e branca sobre a estrutura de vidro que me impedia de ver o que estaria do lado de fora. Cada vez mais assustada bati no vidro com força, rodei sobre mim mesma tocando com ambas as mãos no vidro, batendo e empurrando, tentando descobrir uma porta, uma saída...        
Mas nada. Estava encurralada e o vidro parecia impossível de quebrar. Comecei a chorar e tentei perceber o que se havia passado. Ainda há pouco estava na minha cama a ver um filme de ficção científica e devo ter adormecido. É isso, devo estar a dormir. Belisquei-me no braço, esbofeteei-me nas faces e doeu. Não estava a dormir. Era real, mas que realidade era esta? Sentei-me o chão, encostei os joelhos ao meu peito nu e agarrei as pernas contra o meu corpo despido e frio. Fechei os olhos e comecei a rezar, pela primeira vez na vida pedi algo a Deus, e caso ele exista poderá ser a minha única solução.     
Neste momento sinto movimento no exterior da minha redoma, olhei em volta e fiquei boquiaberta com o cenário que se apresentava ao meu redor. Vários seres aproximaram-se lentamente do vidro. Fiquei mais assustada que nunca. Eram seres não humanos. Sem roupas. Pele branca como uma folha de papel, lisa e brilhante. Não lhes conseguia ver a cara por causa da luz forte, apenas pude observar com atenção os seus corpos. Eram 6, todos iguais. Pernas e braços esguios e longos. Os pés eram semelhantes aos nossos mas sem dedos, nem unhas. Nem sei como consegui registar tudo isto tal era o meu horror perante a situação.              
Senti muito medo. O que me iriam fazer? Voltaria a ver a minha família? Os meus amigos? Sairía dali viva? Recomecei a chorar assim que vi, todos eles ao mesmo tempo a exibirem o seus membros sexuais, que se encontravam previamente recolhidos por entre as pernas. Num instante seis grandes membros sexuais, em tudo semelhantes aos dos humanos, com exceção da cor e do tamanho, brancos e enormes em comprimento e diâmetro, começaram a roçar e bater no vidro, que era a minha única proteção contra aqueles seres horríveis. Todos ao mesmo tempo agarraram nos seus gigantescos paus e iniciaram uma masturbação, em tudo semelhante à dos homens.                                  
Usavam ambas as mãos, também semelhantes às nossas, mas maiores e sem unhas. Percorriam o gigantesco pau, da base até à ponta e, por vezes passavam com ele pelo vidro, bem perto da minha cara... Fechava os olhos e só queria que aquilo acabasse. Eu estava ali nua, desprotegida e à mercê daqueles seres. Seria violada? Iriam rebentar comigo num instante! Poderia ficar grávida de um ser extraterrestre?? Correram na minha mente episódios antigos dos "ficheiros secretos" e fiquei ainda mais horrorizada. De repente, ouvi uma voz vinda de dentro de mim.                                                    
Não era a minha voz, mas um sentimento de submissão surgia em mim, perante aquela voz. Senti-me controlada por ela. O que ela me dizia não fazia sentido mas impelia-me a tocar-me. Não consegui não cumprir. Então, sentada no chão imaculadamente branco abri as pernas e toquei-me, estava húmida e excitada. A voz obrigava-me a tocar nas minhas mamas e a apertar os meus mamilos enquanto os meus dedos me penetravam e acariciavam o clitóris. "Vem-te já..." ecoou a voz nos meus ouvidos. Estranhamente atingi de imediato um orgasmo fora do normal, com um nível de prazer sobre-humano.                                                    
Nesse momento os seres aproximaram-se do vidro e pelos seus paus gigantescos expeliram um líquido transparente e viscoso, contra o vidro que me rodeava. O líquido escorria lentamente até ao chão, ao mesmo tempo que os 6 seres foram recuando em direção à sombra. Deitada no chão, a recuperar do cansaço ainda consegui vislumbrar as primeiras gotas a tocarem no chão e a evaporarem-se num fumo branco... Perdi os sentidos e só acordei na minha cama, com a janela aberta... Doutor, eu sei que não estou louca... Eu fui levada por extraterrestres e temo pela minha saúde. Gostava que me examinasse, poderei estar a gerar um ser dentro de mim, ou... "Pois, pois, acredito... Vou só receitar-lhe muito descanso... E não se esqueça de fechar a janela antes de ir dormir."                                               

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