sexta-feira, 12 de julho de 2019

Meu rico S. João

O cais da Ribeira estava lindo como sempre. Mas no S. João há mais cor, mais vida e transforma-se assim no cenário perfeito para momentos descontraídos entre amigos. O cheiro a sardinha e a bifana, o som da música popular, as gargalhadas dos convivas alcoolicamente bem dispostos deixam-me também animada e divertida. O fresco da noite é controlado pelo casaquinho de ganga que me emprestaste e que apertaste cada botão com carinho e muito mel. O que tu queres sei eu. Somos amigos coloridos há vários anos. E temos uma cumplicidade sexual... Não é preciso falar. Ambos sabemos quando vai acontecer.                 
De martelinho azul na mão, insistias em fazer trocadilhos com a palavra "martelar" e bujão. Eu ria e provocava-te esticando o dedo do meio ao mesmo tempo que emborcava mais um fino. Riamos a bom rir e foi nesse momento que disseste que estavas com tesão, tínhamos de arranjar um sitio para uma rapidinha. "o quê, caralho, tu não me" debes" tar a "ber" bem..." Rimos ainda mais pois conheces-me bem e sabes que a palavra" rapidinha" é o meu middle name. Bebemos mais uns finos enquanto percorriamos a ribeira de uma ponta a outra várias vezes.                     
Encontrámos amigos que nos pagaram mais uns finos e foi assim, muito mais bem dispostos que resolvemos desaparecer por uma ruela com pouca gente e mal iluminada. Não somos namorados porque gostamos de estar com outras pessoas. Não somos namorados mas damos mais quecas que muitos casais... Enfim... Hoje não ia ser diferente. A excitação era já muita e o álcool deixa-me desinibida, não é que precise, mas fico mais descontraída e vale tudo. Deste-me a mão, e puxaste-me pelas ruelas acima sempre à procura de um sítio escuro onde pudéssemos despejar as nossas vontades.    
Acabei por ser eu a descobrir uma porta entreaberta de uma casa abandonada. Entrámos a medo mas descobrimos um pequeno pátio exterior iluminado pela  lua brilhante, um sitio decente para a nossa queca. Agarrei-me a ti a rir e senti-me apoiada e protegida no teu corpo alto e braços fortes. Beijámo-nos longamente e os risos deram lugar aos gemidos. Os meus, os teus. As nossas mãos procuraram os nossos pontos fracos. Ou serão os pontos fortes? Houve estimulação rapida de mamilos, reconhecimento de costas e nádegas... E quando senti os teus lábios no meu pescoço senti também as minhas cuecas humedecerem.                
Conheces-me tão bem. Sabes como me deixar louca de tesão. Mas desta vez queria ser eu a deixar-te louco. "Espera, pára, pára..." afastei-me de ti, dei-te um ligeiro empurrão e olhei-te nos olhos. Ficaste com um ar preocupado: "O que foi miúda?? tentaste puxar-me de novo para ti e eu sorria enquanto procurava uma coisa na mala.
" Tenho uma surpresa para ti, lembraste de te falar no halls preto??.. " Dito isto, mostro-te o pequeno rebuçado refrescante que é muito mais do que um rebuçado. Coloquei-o na boca e sorrimos. Aqueles sorrisos malandros...
Voltámos a aproximar-nos e os beijos eram agora refrescantes. O rebuçado viajou pelas duas bocas e com precisão e rapidez despertei-te as calças e o fecho. Precisava soltar a tua excitação. "Vamos lá verificar se é mito ou realidade"... Fiquei de cócoras à tua frente e o luar fez brilhar o teu pau que já escorria para mim. Agarrei nele e senti a dureza. Nunca desiludes. Dei-lhe uma primeira lambidela e percebi que não ia ser fácil manter o halls na boca e mamar ao mesmo tempo. Há toda uma técnica mas "eu consigo"...               
Iniciei as viagens de vai e vem, as massagens nos testículos e assim de repente manifestaste-te "Ahhhhhh, estou a sentir. Isso é brutal..." Adorei a tua reação... Os teus gemidos. Agarraste-me nos cabelos. Disseste uns palavrões e coisas sem nexo. "Hummm... Também quero sentir essa merda caralho..." Levantei-me e passei o rebuçado para a tua boca. Levantei a saia, baixei as cuecas, tirei-as e ficaram ali no chão. Encostei-me a um velho tanque de lavar a roupa transformado em vaso. Toda eu era tesão : " baixa-te e come-me caralho..." Ofereci-me toda. Sem reservas. Sou sempre toda tua e hoje mais ainda.         
A tua língua conhece-me como ninguém. Escorrega pelos meus caminhos sem pedir licença. Vai entrando como se fosse da casa... Mas hoje, foda-se, hoje foi algo fora do normal. De repente comecei a sentir um misto de entorpecimento, frescura e formigueiro.... Os meus gemidos ecoaram pelo casebre... Um gato assanhado saltou do telhado e assustou-nos. Mas não paraste. De joelhos no chão e cara encostada a mim, a mão direita no teu pau, para manteres o nível... Quem nos visse iria vislumbrar um bonito quadro erótico e ficaria a observar de longe. Esperaria decerto pelo culminar daqueles dois amantes esfomeados e tesudos. Sentei-me no tanque e de pernas abertas pedi para me foderes. Abracei-te quando entraste em mim.   
Já não havia rebuçado... mas toda a minha cona gritava por um orgasmo. Investiste em mim. Martelaste até bem fundo. Os nossos olhares lascivos e animalescos denunciavam a chegada do prazer maior. A festa de São João faz-se também nas casas abandonadas. E um pouco antes de darmos os últimos gemidos de prazer ouviu-se o primeiro pumm... E o átrio iluminou-se. Luzes verdes e vermelhas iluminaram o nosso orgasmo. Coloriram os nossos esgares de prazer e os rebentamentos fizeram concorrência aos nossos gemidos de prazer extremo. De mão dada voltámos para a festa e observámos abraçados o fogo de artifício, enquanto gotas de ti escorriam lentamente pelo meio das minhas pernas.       


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